Muitas informações circulam na internet a respeito de fazer ou não o rastreamento do câncer de próstata. Mas, afinal, por que tantas dúvidas sobre este assunto? Fique tranquilo pois vou explicar!
Primeiramente, precisamos entender que o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer que mais acomete os homens. A próstata é uma pequena glândula que fica situada abaixo da bexiga, em frente ao reto, sendo responsável pela produção de parte do líquido seminal. O chamado líquido prostático que protege os espermatozoides, auxiliando assim nas funções reprodutivas.
O câncer na próstata tende a se desenvolver de maneira lenta e gradual. Existem alguns fatores de risco, tais como: histórico familiar (ter pai ou irmão que já desenvolveu câncer de próstata), ser da raça negra e ter acima de 50 anos. Além disso, a obesidade e o tabagismo estão associados a todos os tipos de cânceres.
Rastreamento do câncer de próstata: fazer ou não fazer?
A Sociedade Brasileira de Urologia orienta que a partir dos 50 anos de idade, os homens devem procurar o urologista para fazer uma avaliação individualizada e, assim, discutirem sobre os benefícios e malefícios que o rastreamento pode causar.
Os exames para rastreamento do câncer de próstata incluem o toque retal e o exame do antígeno específico da próstata (PSA). Níveis elevados no PSA podem ou não indicar a presença de células cancerígenas na próstata. Por isso, não entre em pânico com resultado positivo, pois a primeira coisa que seu urologista pedirá será a repetição do teste.
Alguns estudos indicam que o rastreamento do câncer de próstata não deve ser estimulado. Nesse sentido, lembro que é dado ao paciente o direito de compreender os riscos do rastreamento. Você precisa ter ciência que há risco do PSA dar falso-positivo e que isso pode implicar na necessidade de fazer uma biópsia. Entretanto, o seu médico solicitará outros exames como: ressonância magnética e exames laboratoriais.
Dessa forma, o acompanhamento com seu urologista de confiança é fundamental! Essa relação de segurança entre médico e paciente evita desgastes que podem causar impactos psíquicos, como a ansiedade e a depressão diante de um diagnóstico de câncer.
Dr. Tiago
Mierzwa
– Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná
– Coordenador dos Serviços de Andrologia do Hospital Nossa Senhora das Graças e Hospital Universitário Cajuru
– Membro Professor do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia
– Membro da Sociedade Brasileira de Urologia/ American Urological Association/ International Society for Sexual Medicine/ Sociedade LatinoAmericana de Medicina Sexual
– ABEMSS/ Confederación Americana de Urologia/ Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida
Relação de confiança
Diante de situações extremas e que geram medo nos pacientes, como o diagnóstico de câncer, por exemplo, é essencial que haja uma relação de confiança entre o profissional da área da saúde e o paciente. Mas, essa relação só se constrói quando paciente e urologista convivem com através de consultas periódicas. Os homens devem procurar o cuidado com a sua saúde de maneira integral e, o urologista, é o médico que os auxiliará quanto aos problemas no trato urinário e também aos que estão relacionados ao aparelho reprodutor.
Assim, caso você esteja passando por dificuldades de ereção durante o ato sexual, procure o seu urologista e marque uma consulta. Aproveita e confere também as outras publicações aqui do blog e saiba mais sobre a sua saúde sexual.