A doença de Peyronie é uma condição mais frequente nos pacientes mais velhos e gera as mais diversas deformidades penianas, o que pode comprometer significativamente a vida sexual do paciente. O principal sintoma relacionado a essa condição é a curvatura peniana.
A principal teoria associada ao aparecimento desta lesão é a de traumas repetitivos durante o ato sexual ao longo da vida em indivíduos geneticamente predispostos leva ao desenvolvimento de cicatriz na região interna do pênis, o que durante a ereção impede a expansão simétrica do pênis e origina curvatura do lado da cicatriz.
Essa condição apresenta duas fases:
– Aguda: fase inicial onde os principais sintomas são inicio e progressão de curvatura, dor peniana, encurtamento e deformidades do pênis.
– Crônica: nessa fase geralmente a dor já cessou, a deformidade está estável sem progressão nos últimos meses.
O diagnóstico é baseado na história clinica do paciente associado ao exame físico, onde muitas vezes é possível palpar placas enduradas no pênis.
Menos de 10% dos pacientes evoluem com melhora espontânea da curvatura, sendo que a grande maioria apresenta piora ou estabilização da doença.
Tratamento Clínico da Doença de Peyronie
O tratamento clínico da fase aguda é controverso, diversas medicações já foram testadas, porém poucas evidências científicas estão disponíveis sobre a melhor forma para tratamento nessa etapa. Portanto, nesse momento lançamos mão de medicamentos que reduzem o quadro de dor peniana, associados ou não a medicamentos que melhoram as ereções.
Uma vez que o paciente apresente estabilidade da curvatura, durante a fase crônica poderá ser indicado o tratamento cirúrgico, que será comentado a diante.
Se a curvatura tiver até 30° é considerado normal. Quando o ângulo é mais acentuado, pode futuramente trazer problemas durante as relações.
Esta condição se desenvolve porque um dos lados do pênis é maior ou mais elástico do que o outro, levando a um pênis torto quando ereto, curvando para o lado mais curto. A curvatura pode ser para o lado, para cima ou para baixo ou em alguns casos uma combinação desses dois tipos.
Em determinados casos, de acordo com o grau da curvatura, é necessário realizar a correção por meio de um procedimento cirúrgico, que apresenta excelentes resultados no longo prazo associado a baixo risco de complicações
As deformidades penianas causadas tanto pela doença de Peyronie quanto pela curvatura peniana congênita podem trazer serias consequências a qualidade de vida dos pacientes, prejudicando gravemente a sua vida sexual e acarretando muitas vezes grande aflição psicológica.
O tratamento cirúrgico é indicado aos pacientes que apresentam dificuldades para relações sexuais. Nesses casos, devemos realizar uma avaliação adequada do paciente para decidir em conjunto a melhor técnica cirúrgica. Frequentemente realizamos um teste de ereção farmacoinduzida em consultório para realizar uma avaliação completa da deformidade durante a ereção, auxiliando na programação cirúrgica.
Por meio da história e deste teste, avaliamos os seguintes detalhes:
• Avaliação detalhada da função erétil (capacidade de ter e manter uma ereção)
• Dimensões do pênis
• Gravidade e formato das deformidades
Dentre os inúmeros procedimentos, os dois grupos de técnicas são correção cirúrgica no lado côncavo da curvatura (técnica alongadora), onde classicamente se utiliza um enxerto para preencher a área da placa que é incisada. E cirurgias sobre a região contraria a curvatura – lado convexo, onde será realizado uma fixação tracionando o pênis para o lado contrário.
Já para pacientes com deformidades graves e/ou disfunção erétil grave associada, o implante de prótese peniana pode ser indicado.
Cada técnica tem diferentes vantagens e riscos, o que deve ser bem discutido detalhadamente com cada paciente.
Técnicas de plicatura peniana consistem na realização de pontos para realinhar o pênis. A principal vantagem desse procedimento é que não se mexe nos nervos ou no tecido erétil, apresentando chance mínima de comprometimento da sensibilidade ou da capacidade de se obter uma ereção.
A prótese peniana é uma opção de tratamento para os casos mais complexos ou quando apresenta disfunção erétil grave associada. Seu implante pode ser associado ou não as outras duas técnicas, a depender de cada caso.
Os dois principais modelos de próteses penianas são:⠀
– Prótese peniana inflável – é mais discreta e tem a possibilidade de inflar e retomar a flacidez completa do pênis quando for mais conveniente para o paciente. Possui 3 componentes e se assemelha mais a ereção natural.
– Prótese maleável ou semirrígida – por meio do implante de 2 cilindros de silicone com fio de liga metálica, permitimos uma rigidez peniana para penetração. Como tem boa maleabilidade, é mais simples de manusear e de fácil uso. Indicada principalmente para pacientes com menores destrezas manuais.
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Veja mais sobre próteses penianas
A doença de Peyronie não tem uma prevenção específica conhecida, mas existem algumas medidas que podem ser tomadas para minimizar o risco de desenvolvê-la. Aqui estão algumas sugestões:
Evite lesões na região genital: Lesões repetidas ou traumas na área genital podem aumentar o risco de desenvolver a doença de Peyronie.
Mantenha uma boa higiene: Manter uma boa higiene genital é importante para prevenir infecções e outras condições que podem agravar a doença de Peyronie.
Evite o uso excessivo de medicamentos vaso-dilatadores: O uso excessivo de medicamentos vaso-dilatadores pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Peyronie.
Evite a disfunção erétil: A disfunção erétil pode ser um fator de risco para a doença de Peyronie, por isso é importante tratar qualquer condição subjacente que possa estar causando a disfunção.
Controle o estresse: O estresse e a ansiedade podem agravar a doença de Peyronie, por isso é importante encontrar maneiras de gerenciar esses sentimentos.
Em geral, não há uma forma de prevenir completamente a doença de Peyronie, mas essas medidas podem ajudar a minimizar o risco.
A cirurgia da doença de Peyronie pode ser uma opção para pacientes que sofrem de curvatura peniana significativa ou disfunção erétil relacionada à doença. A satisfação dos pacientes que optam por essa cirurgia pode variar dependendo de vários fatores, como o tipo de cirurgia realizada, a experiência do cirurgião e a gravidade da doença.
Em geral, estudos têm mostrado que a cirurgia da Peyronie pode melhorar significativamente a curvatura peniana e a função erétil em muitos pacientes. Uma revisão sistemática de estudos sobre a cirurgia da Peyronie, publicada no Journal of Sexual Medicine em 2015, mostrou que a maioria dos pacientes relatou uma melhora na curvatura peniana e na função erétil após a cirurgia. Além disso, a maioria dos pacientes relatou satisfação com os resultados da cirurgia e uma melhora na qualidade de vida sexual.
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