Doença de Peyronie

A doença de Peyronie é uma condição que afeta homens de todas as idades e gera as mais diversas deformidades penianas, o que pode comprometer significativamente a vida sexual do paciente. O principal sintoma relacionado a essa condição é a curvatura peniana, facilmente percebida pelo paciente e relatada ao médico.

A principal teoria associada ao aparecimento desta lesão é a de traumas repetitivos durante o ato sexual ao longo da vida em indivíduos geneticamente predispostos leva ao desenvolvimento de cicatriz na região interna do pênis, o que durante a ereção impede a expansão simétrica do pênis e origina curvatura do lado da cicatriz.

Essa condição é um desafio para o andrologista, pois não há medicações orais eficazes para tratamento da deformidade peniana, apenas drogas capazes de aliviar a dor na fase inicial de desenvolvimento da deformidade.

Menos de 10% dos pacientes evoluem com melhora da curvatura espontaneamente, sendo que a grande maioria apresenta piora ou estabilização da doença.

O tratamento clínico é controverso, diversas medicações foram testadas, porém poucas evidências científicas estão disponíveis sobre a melhor forma de tratamento clínico.

Após a estabilização da doença, quando o paciente relata dificuldade para relações sexuais, o tratamento cirúrgico é uma possibilidade de resolver esse problema.

Dentre os inúmeros procedimentos, os dois grupos de técnicas são correção cirúrgica no lado da curvatura (técnica alongadora), onde classicamente se utiliza um enxerto para preencher a área da placa que é incisada. E cirurgias sobre a região contraria a curvatura, onde será realizado uma fixação tracionando o pênis para o lado contrário.

Já para pacientes com deformidades graves e/ou disfunção erétil grave associada, a indicação de implante de próstese peniana está bem indicada.

Essas técnicas possuem indicações, tempo cirúrgico, de recuperação e complicações diferentes, devendo ser discutidas caso a caso com seu andrologista.