Intervenção cirúrgica para o câncer de bexiga

câncer

Incidência do câncer de bexiga no Brasil

O câncer de bexiga é um dos cânceres mais incidentes no mundo. No Brasil, por exemplo, são estimados, para os anos de 2020-2022, mais de 7600 casos no sexo masculino e, aproximadamente, 3000 no sexo feminino. Esses números elevam o risco de ser acometido pela doença para uma estimativa de 7,2 casos novos por 100 mil homens e 2,8 para cada 100 mil mulheres.

Tipos de câncer

Existem dois tipos principais desse câncer: os invasivos que acometem a musculatura do órgão e os não-invasivos.

Principais sintomas do câncer de bexiga

Sangue na urina : o sinal mais comum de câncer de bexiga é sangue na urina, também chamada de hematúria. Essa condição torna a urina rosa ou vermelha. Qualquer pessoa com sangue na urina deve ser avaliada por um profissional de saúde. O tipo de avaliação dependerá da idade da pessoa, sexo e fatores de risco para câncer. O sangue visível na urina é mais comumente associado ao câncer, portanto, as pessoas com esse sintoma (especialmente homens que são fumantes) devem fazer uma avaliação completa dos rins, ureteres, bexiga e uretra;

Dor: a dor, também, pode ser um sinal de câncer de bexiga. Ela pode se desenvolver no flanco (nas laterais do meio das costas), acima do osso púbico ou no períneo (a área entre a vagina ou escroto e o ânus). A dor na região do flanco pode se desenvolver quando há bloqueio completo ou parcial do ureter. O sintoma doloroso, também, pode ocorrer durante o ato de urinar.

Sintomas de micção: embora a maioria das pessoas com câncer de bexiga não apresente sintomas, algumas apresentam sintomas de micção, ou seja, condições associadas ao ato de urinar como necessidade de ir ao banheiro com frequência ou urgência durante o dia ou à noite e urina vazando no caminho para o banheiro;

Outros sintomas: outros sintomas como fadiga, perda de peso e falta de apetite geralmente não estão presentes até os estágios tardios (mais avançados) do câncer de bexiga.

Tratamentos considerados com ênfase na intervenção cirúrgica

●Aproximadamente 70% de todos os novos casos de câncer de bexiga são classificados como não invasivos musculares (anteriormente chamados de superficiais). O tratamento inicial para câncer de bexiga não invasivo ao músculo é um procedimento denominado ressecção transuretral de tumor de bexiga ou TURBT. Isso às vezes é seguido por terapia adicional, o que reduz as chances de recorrência do câncer;

●Os 30% restantes são cânceres de bexiga invasivos aos músculos e geralmente requerem a remoção cirúrgica de toda a bexiga. Isso geralmente é combinado com quimioterapia pré ou pós-operatória.

Como é a intervenção cirúrgica em pacientes com câncer invasivo?

A cirurgia para remover a bexiga é a abordagem preferida para pessoas com câncer de bexiga invasivo do músculo e não são candidatas à preservação da bexiga. Nos homens, a cistectomia radical geralmente inclui a remoção da bexiga, bem como da próstata e das vesículas seminais. Devido à extensão da cirurgia, podem ocorrer danos nos nervos, levando à disfunção erétil (incapacidade de ter ou manter uma ereção);

Nas mulheres, a cistectomia radical geralmente envolve a remoção da bexiga, bem como dos ovários, trompas de falópio, útero, parte do colo do útero e parede frontal da vagina. Alguns desses órgãos, como os ovários, podem ser preservados em certas situações.

Como é a intervenção cirúrgica em pacientes com câncer não-invasivo?

O primeiro tratamento mais comum do câncer de bexiga não invasivo do músculo é a cirurgia para remover todas as áreas de aparência anormal dentro da bexiga. Essa intervenção é chamada de ressecção transuretral de tumor de bexiga (TURBT).

Ressecção transuretral de tumor de bexiga (TURBT) é um procedimento no qual o médico usa um cistoscopio para ver o interior da bexiga e remover todas as áreas de aparência anormal. Esse aparelho consiste em um tubo longo e fino que contém uma luz e uma câmera.

Na maioria dos casos, esse procedimento é feito em uma sala de cirurgia sob anestesia. Após o procedimento, geralmente você pode ir para casa. No entanto, algumas pessoas precisam manter um cateter por alguns dias para drenar a urina.

Em certos casos, geralmente em pessoas com cânceres mais agressivos, um segundo TURBT será realizado várias semanas após o primeiro para ter certeza de que nenhum tumor foi perdido durante a cistoscopia original. Se todo o tumor tiver sido removido após este segundo TURBT, o paciente pode iniciar a terapia adjuvante.

Para maiores esclarecimentos sobre a sua condição e qual a melhor intervenção a ser realizada, busque atendimento médico com um profissional da sua confiança.

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