O câncer de bexiga acontece quando as células normais desse órgão se transformam em células anormais e crescem fora de controle. Essa mutação pode ser decorrente de inúmeras causas, entre elas:
Fatores de risco mutáveis:
-Tabagismo;
-Exposição ocupacional a carcinogênicos;
-Consumo de água com excesso de cloro;
-Determinados medicamentos.
Fatores de risco imutáveis:
-Raça, etnia e gênero;
-Idade;
-Genética e histórico familiar e pessoal.
Dessa forma, detalhamos todas as causas possíveis para facilitar o entendimento e promover a prevenção.
Tabagismo: primeiramente, o ato de fumar é o fator mais importante que contribui para a incidência geral de câncer urotelial. Os compostos cancerígenos presentes no cigarro, responsáveis pelo câncer de bexiga, não foram identificados de forma definitiva.
Entretanto, existem mais de 60 carcinógenos conhecidos e espécies reativas de oxigênio presentes, incluindo 4-aminobifenil (4-ABP), hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, compostos N-nitroso e aldeídos insaturados. A relação entre o tabagismo e o risco de câncer de bexiga é ilustrada por um estudo no National Institutes of Health-AARP Diet and Health Study Cohort, comprovando a real relação da malignidade com o cigarro. Assim, pacientes que fumam há mais tempo ou já fumaram muito têm certa relação com a agressividade desse câncer.
Cloração: a cloração é o processo mais comum pelo qual a água potável é descontaminada para uso pela população em geral. Os trihalometanos (THMs) são formados como um subproduto quando o cloro ou o bromo são usados para desinfetar a água para beber e podem ter efeitos adversos à saúde em altas concentrações, entre eles, a doença cancerígena.
Exposição Ocupacional: alguns trabalhos que têm sido associadas a um risco aumentado de câncer de bexiga incluem metalúrgicos, pintores, trabalhadores da indústria da borracha, trabalhadores do couro, trabalhadores têxteis e elétricos, mineiros, trabalhadores do cimento, operadores de transporte, operadores de escavadeiras e trabalhos que envolvem a fabricação de tapetes, tintas, plásticos e produtos químicos industriais.
Medicamentos: o uso do medicamento pioglitazona para diabetes está associado a um risco aumentado de câncer de bexiga. O risco aumentado de câncer urotelial de bexiga está relacionado ao uso de suplementos dietéticos que contêm ácido aristolóquico.
Raça, etnia e gênero: homens brancos apresentam o dobro da incidência em relação a homens negros.
Idade: esse acometimento é mais comum em indivíduos mais velhos, principalmente acima de 65 anos. Dessa forma, a incidência aumenta com a idade de 142 para 296 por 100.000 em homens de 65 a 69 anos e 85 ou mais, respectivamente. E de 33 para 74 por 100.000 em mulheres nas mesmas faixas etárias. Embora extremamente raro, o câncer de bexiga pode ser visto em crianças e adultos jovens, onde geralmente se apresenta com doença não invasiva de baixo grau.
Genética e histórico pessoal e familiar: pessoas que têm familiares com câncer de bexiga têm um risco aumentado da doença. Além disso, eles também podem compartilhar alterações em alguns genes, que podem torná-los mais propensos a desenvolver câncer na bexiga. Um pequeno número de pessoas herda uma síndrome genética que aumenta o risco para câncer de bexiga, por exemplo, mutação do retinoblastoma, doença de Cowden e síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário sem polipose).
Os principais sintomas dessa condição são:
Sangue na urina, o que faz sua urina parecer rosa ou vermelha;
Dor nas laterais das costas ou acima da região púbica;
Dor ao urinar, urinar com frequência ou vazar urina.
Além disso, outras doenças também causam estes sintomas. Por isso, ao identificar estes sinais procure auxílio médico. O câncer de bexiga possui tratamento. Portanto, busque ajuda médica especializada diante dos primeiros indícios desse carcinoma.