Câncer de pênis: dos fatores de risco ao diagnóstico

Câncer de pênis

O câncer de pênis é uma condição de baixa incidência no Brasil e no mundo. Contudo, essa doença chega a acometer uma média de 2% da população brasileira masculina. Esse câncer é tipicamente uma doença de homens mais velhos, e as taxas aumentam constantemente com a idade. A idade média no diagnóstico é de 60 anos, entretanto o câncer de pênis pode ser visto em homens com menos de 40 anos.

Manifestações iniciais

O carcinoma peniano quase sempre se apresenta com uma anormalidade na pele ou lesão palpável no pênis. A maioria dos cânceres surge na glande ou no prepúcio como uma massa ou úlcera que podem estar associados a uma infecção secundária por fungos ou bactérias, por exemplo. Dessa forma, a grande maioria dos pacientes costuma se queixar de um caroço indolor ou úlcera. Além disso, outros sinais incluem erupção na pele, sangramento ou balanite, uma inflamação na glande do pênis. Em alguns casos, pode haver acometimento dos linfonodos adjacentes da região inguinal. Os casos de metástases à distância são incomuns até o final da doença, sendo mais raro de acontecer com frequência.

Fatores de risco principais

Uma série de condições médicas estão significativamente associadas a um risco aumentado de câncer de pênis, como:

Fimose: Fimose é uma fibrose circunferencial do tecido prepucial que leva ao estreitamento e à incapacidade de retrair o prepúcio do pênis sobre a glande. A presença de fimose está associada a um risco 7 a 10 vezes maior de câncer de pênis;

HPV: DNA do papilomavírus humano (HPV) é identificado em 30 a 50 por cento de todos os carcinomas penianos;

Infecção por HIV: A incidência de câncer de pênis é aproximadamente quatro a oito vezes maior em homens infectados pelo HIV em comparação com a de homens não infectados;

Exposição ao tabaco: A exposição ao tabaco (ou seja, fumar ou mascar tabaco) está associada a um risco aumentado de câncer de pênis de uma forma dependente da dose.

Quando é preciso procurar um médico?

Deve haver suspeita de diagnóstico de carcinoma peniano em homens que apresentam uma massa ou úlcera peniana, particularmente naqueles que não foram circuncidados. Diante desse quadro o paciente deve buscar atendimento com o urologista. Pois o médico esclarecerá as suas dúvidas e, possivelmente, realizará um exame de biópsia para investigar o tecido do pênis, se há acometimento neoplásico ou não.

No entanto, o médico pode realizar uma investigação antes de solicitar a biópsia para analisar outras causas prováveis que estejam causando determinados sintomas.

Confira algumas medidas possíveis:

Em casos de infecção, com sintomas de vermelhidão, inchaço e secreção, o uso de antifúngicos ou antibióticos de quatro a seis semanas é indicado. O uso de corticoides é reservado para pacientes com diagnóstico confirmado por biópsia de lesão inflamatória. Lesões que não cessam após seis semanas ou que progridem a qualquer momento durante a terapia com antibióticos ou antifúngicos devem ser biopsiadas;

Para homens que se apresentam com uma lesão peniana com suspeita de malignidade ou com uma lesão peniana e linfonodos inchados associados, a abordagem é proceder com uma biópsia imediata da lesão peniana;

A presença de outros sinais físicos (por exemplo, nódulos cutâneos subcutâneos firmes em locais distantes) ou sintomas (por exemplo, confusão, tosse ou dor óssea) pode indicar a presença de doença metastática distante ou anormalidades metabólicas associadas, como hipercalcemia. Esses pacientes requerem uma avaliação laboratorial completa e de imagem, além da biópsia.

Enfim, é importante destacarmos que todos os pacientes requerem acompanhamento rigoroso para evitar atrasos desnecessários no diagnóstico e tratamento. Portanto, agende seu check up com o urologista.

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