Você já ouviu falar em criopreservação seminal?

criopreservação

A criopreservação de sêmen é uma técnica bem estabelecida que deve ser oferecida a todos os homens pós-púberes e adultos em tratamento gonadotóxico, principalmente. Essa técnica busca garantir a fertilidade masculina, independentemente do que esteja ocorrendo em sua vida.

Como é feito esse procedimento de criopreservação seminal?

O congelamento do sêmen ocorre em laboratório com nitrogênio líquido a – 196 ° C. Essa criopreservação pode manter os espermatozoides vivos indefinidamente, permitindo assim que a fertilidade masculina seja preservada. De fato, nessas condições, nenhuma reação química pode ocorrer, pois a energia térmica é insuficiente. Além disso, não há relatos na história de casos de malformação ou falta de sucesso na implantação do zigoto formado. No entanto, os espermatozóides podem ser danificados pelo congelamento e descongelamento. A recuperação dos espermatozoides móveis após o descongelamento é menos provável em homens com alterações seminais muito graves. Por isso, ter a certeza de quando manipulá-los e onde conservá-los é fundamental para a eficácia dessa escolha.

Quando indicar?

A criopreservação de espermatozoides tornou-se um pilar no manejo de pacientes com câncer submetidos a tratamentos genotóxicos capazes de induzir esterilidade transitória ou permanente, uma vez que pode haver dano na produção de espermatozóides diante dos tratamentos utilizados para tratar o tumor como quimioterapia e radioterapia. Esses efeitos citológicos e moleculares nocivos de tratamentos de câncer em gametas masculinos têm sido extensivamente estudados pela ciência: a alta taxa de renovação celular do epitélio seminífero o torna extremamente vulnerável a danos iatrogênicos, ou seja, causas externas.

A criopreservação afeta a qualidade do sêmen?

A criopreservação tem como principal objetivo manter a integridade estrutural e a viabilidade celular após submeter essas células a baixas temperaturas por um determinado período. Esse processo produz danos celulares conhecidos como crioinjúrias, que afetam a qualidade estrutural e funcional dos espermatozoides. Os fatores responsáveis por essas crioinjúrias que alteram a qualidade do sêmen são:

queda na temperatura durante o processo,
a forma de conservação das amostras,
os meios crioprotetores,
a manutenção dessas amostras,
a taxa de aquecimento durante o descongelamento,
possíveis variações individuais.

No intuito de reduzir os danos causados na estrutura e na funcionalidade dos espermatozoides durante a criopreservação, tornam-se necessários estudos sobre o processo ideal de congelação e estocagem das amostras de sêmen.

Analisando os métodos de congelação, rápido e lento, os estudos observam que, apesar de ter piores taxas de espermatozoides móveis, depois da descongelação, o método rápido obteve melhores resultados. Além disso, a forma como esses espermas são preservados, a partir da técnica de envase, podem influenciar, também, no resultado.

Criopreservação e o Covid-19

Com a pandemia, o número da procura pela realização do procedimento de congelamento aumentou. Pois há muitas incertezas quanto a relação do SARS-CoV-2 com a fertilidade tanto masculina, quanto feminina. Algumas teorias reforçam que a maior permeabilidade desse vírus sobre os tecidos do corpo pode levar ao acometimento de tecidos reprodutivos como o testículo. Porém ainda não temos nenhum trabalho confiável demonstrando esse impacto.

Converse com o seu médico sobre o melhor local para realizar a criopreservação seminal.

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