Reabilitação sexual após o câncer pélvico: é possível?

Casal conversando

As cirurgias para remoção de cânceres na região pélvica – próstata, bexiga e reto – podem causar problemas na vida sexual masculina. Um dos principais exemplos é a prostatectomia radical, pois este procedimento causa grandes impactos na qualidade das ereções. Dessa forma, a reabilitação sexual após o câncer pélvico é extremamente necessária. Além de tratar as dificuldades relacionadas às ereções, a reabilitação sexual ajuda no tratamento de outras disfunções como queda da libido, incontinência urinária durante a relação sexual, encurtamento peniano e outras.

Reabilitação sexual

Chamamos de reabilitação sexual alguns procedimentos para estimular as ereções. Essas intervenções junto ao paciente ocorrem de maneira a provocar ereções ao menos duas vezes por semana, mesmo que não ocorram relações sexuais. O objetivo é promover a circulação sanguínea na região peniana, oxigenando os corpos cavernosos do pênis.

A reabilitação sexual é realizada através do uso de medicamentos via oral, dispositivos a vácuo, reposição de testosterona e injeções penianas. Assim, cada paciente é avaliado de forma particular, além de priorizados os seus objetivos pessoais para que, dessa maneira, a intervenção correta seja aplicada a cada um.

Não fazer a reabilitação sexual causa problemas?

Naturalmente, o pênis saudável tem ereções involuntárias ao longo do dia. Isso ocorre para que os tecidos penianos sejam oxigenados. Entretanto, as cirurgias para remoção de tumores na região pélvica provocam lesões nervosas, prejudicando a irrigação peniana. Essas lesões geram danos temporários que podem durar até dois anos. O problema é que se o pênis não tiver ereções nesse período, ele pode chegar a um dano irreversível do tecido erétil.

A falta de ereções em um período prolongado pode provocar inflamações, além de pequenas cicatrizes conhecidas como fibroses. Por isso, a reabilitação sexual, também chamada de reabilitação peniana, é tão importante no período pós-cirúrgico. Quanto mais cedo a reabilitação começar, mais rápida será a recuperação da função sexual. A reabilitação ajuda a manter a vida sexual saudável como um todo.

Eficácia das injeções penianas

Muitos pacientes recusam em um primeiro momento o uso de injeções penianas no processo de reabilitação. Porém, após os primeiros testes eles tendem a aderir. As injeções são praticamente indolores e apresentam uma grande eficácia. Os pacientes que optam por esse recurso tendem a retornar mais rapidamente às suas relações sexuais.

Conforme ocorre o processo de ereção de forma natural, as intervenções são gradualmente diminuídas e apenas uma pequena parcela de pacientes terá a necessidade de utilizar as próteses penianas.

Radioterapia também prejudica a ereção

Outro tratamento para o câncer pélvico que atinge a ereção é a radioterapia. Quanto maiores forem as doses aplicadas de radiação, maior será a chance de problemas na ereção. A radiação causa lesões nas artérias, prejudicando assim a irrigação sanguínea na região do pênis. Ao cicatrizar, os vasos sanguíneos perdem a sua capacidade de elasticidade, e esse dano não permite que os vasos se expandam o suficiente para que uma ereção satisfatória aconteça.

Além disso, a radioterapia também favorece o processo de arteriosclerose e até a obstrução das artérias pélvicas. O paciente sente essas alterações ao longo do processo de tratamento, ocorrendo de maneira lenta. E mesmo com ereções completas, é possível que o homen não consiga mantê-las até o momento de um orgasmo satisfatório.

Auxílio médico especializado na reabilitação sexual

No processo de reabilitação sexual, é essencial que o paciente converse com seu médico, tire suas dúvidas e não tenha receio de expor seus medos em relação à recuperação. Dessa forma, nessa relação de confiança, além de receber o atendimento clínico para promover novamente ereções satisfatórias, médico e paciente debaterão sobre a necessidade de buscar uma terapia para auxiliar nesse processo.

Os profissionais da saúde trabalham em conjunto para promover os benefícios necessários ao paciente que passa por problemas sexuais. É necessário compreendermos que junto ao diagnóstico de câncer pélvico, vem o estresse, medos, ansiedade e também a depressão. Muitos homens não conseguem lidar com esse diagnóstico, assim o tratamento com um terapeuta torna-se muito importante.

É um processo desafiador e que precisa de tempo para ser compreendido e aceito, tanto pelo paciente, quanto pelos que estão ao seu redor. Por isso, o acompanhamento com um profissional de sua confiança é necessário. Dessa forma, o paciente consegue expressar suas emoções e encontra um médico especializado para sanar suas dúvidas. Além de manter uma relação de segurança, o que é muito significativo nesse período.

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