A Disfunção Erétil (DE), comumente chamada de “Impotência Sexual”, é uma condição muito comum que atinge cerca de 50% da população masculina em algum grau leve, moderado ou grave, e que pode trazer prejuízos significativos na vida do paciente, como baixa autoestima, estresse, isolamento e dificuldade para relacionar-se.
Como para obter uma ereção é necessária a ação conjunta de vários órgãos e tecidos, qualquer alteração em um desses participantes pode levar à disfunção erétil. Por isso, a DE pode surgir a partir de várias causas, incluindo psicológicos e hormonais. As chances de desenvolver a doença se torna potencialmente maiores após os 40 anos e em pacientes que já apresentam alguma comorbidade, como diabetes, hipertensão e obesidade.
Felizmente, a andrologia conta atualmente com várias linhas de tratamento que podem reverter esse quadro e trazer mais qualidade de vida ao homem
O tratamento inicial, de primeira linha, consiste no uso de medicações orais, que são os inibidores de fosfodiesterase tipo 5. Na falha ou impossibilidade de uso dessas medicações, discutimos as outras linhas de tratamentos.
A segunda linha de tratamento para Disfunção Erétil consiste nas injeções intracavernosas. As auto injeções relaxam os músculos lisos nos vasos do pênis e aumentam o fluxo sanguíneo, o que resulta em ereção após 8 a 15 minutos, mesmo com menor estímulo sexual. Essa é uma solução muito efetiva, porém a muitos pacientes tem receio no uso devido a ser injeção. Quando bem indicada além de ser muito eficiente é menos agressiva que a implantação de prótese peniana. É um tratamento intermediário entre os remédios orais e as próteses.
Quando a impotência tem causa orgânica, ou quando nenhum desses tratamentos convencionais proporcionam uma melhora no quadro, então optamos pelas próteses penianas.
Elas são dispositivos com formato cilíndrico implantados no interior de cada um dos dois corpos cavernosos do pênis e conferem rigidez peniana suficiente para a realização do ato sexual. Existem atualmente basicamente dois tipos de prótese; as semirrígidas e as infláveis.
As próteses infláveis são a primeira escolha de prótese, pois assemelham-se mais a ereção natural. Elas possuem 3 componentes, os cilindros localizados no interior do pênis, a bomba (pump) que fica no escroto e o reservatório que fica alojado próximo da bexiga.
Por meio de compressão digital da bomba que está na bolsa escrotal, ocorre a transferência do soro fisiológico do reservatório para o interior dos cilindros que são inseridos dentro de cada corpo cavernoso. Após o termino da relação, a prótese é desinflada e o pênis retorna a flacidez natural.
Já as próteses semirrígidas também são inseridas no interior dos corpos cavernosos. Elas consistem em duas hastes revestidas de silicone, mas em seu interior possuem uma estrutura de metal maleável que permite que o pênis apresente rigidez axial (ou seja, consiga manter firme para penetração). Após a relação, a prótese é manuseada e direcionada para posição de repouso.
Ambas as próteses não interferem na sensibilidade e capacidade de ejaculação do homem.
É importante destacar que o grau de satisfação com a cirurgia, quando bem indicada, é muito alto, mas deve-se ter expectativas realísticas em relação ao resultado e procurar se informar bem com o médico urologista sobre as particularidades de cada caso e qual prótese é a mais indicada de acordo com o quadro clínico.
O acompanhamento prognóstico também é importantíssimo a fim de prevenir possíveis complicações e infecções da prótese. De todas as formas, o paciente com impotência pode e deve buscar ajuda especializada.