Como já abordamos por aqui, o carcinoma de células renais é o tipo de câncer dos rins mais comum, por isso vamos focar no tratamento dessa condição. O tratamento preferido para a maioria das pessoas com esse tipo de câncer localizado é a cirurgia para remover parte ou a totalidade do rim e, se necessário, os gânglios linfáticos próximos. A decisão de remover parte ou todo o rim depende do tamanho do câncer, onde ele está localizado no rim, se há um ou vários tumores e como os rins funcionam bem.
Se você tiver vários tumores, ou se o tumor for grande ou localizado no centro do rim, a remoção completa do rim pode ser necessária, especialmente se o outro rim funcionar normalmente;
Em outras situações, ou se seus rins não funcionarem bem, remover parte do rim pode ser uma opção melhor.
Como o câncer renal afeta as pessoas
O carcinoma de células renais afeta atualmente cerca de 338.000 pessoas anualmente em todo o mundo. Este número continua a aumentar conforme as modalidades de imagem melhoram. Desde a primeira remoção de rins por via laparoscópica, a cirurgia minimamente invasiva continuou a evoluir e desempenhar um papel, cada vez maior, no tratamento dessa condição.
Além disso, a robótica facilitou a disseminação de abordagens minimamente invasivas. Anteriormente as cirurgias exigiam uma grande área de incisão e uma hospitalização prolongada. Entretanto, foram agora substituídas por abordagens minimamente invasivas que poupam néfrons, diminuem a morbidade e fornecem um bom controle do câncer.
Diferentes abordagens
A cirurgia robótica atua de acordo com a necessidade do paciente removendo totalmente ou parcialmente os rins. Confira as principais indicações:
Nefrectomia radical: Esse é o termo médico para uma cirurgia que remove todo o rim e tecidos adjacentes. Ela é mais indicada para pacientes com tumores maiores que 7cm. A maioria das pessoas pode viver normalmente com apenas um rim; Para pacientes com carcinoma de células renais limitado ao rim, uma nefrectomia radical resulta em uma boa taxa de sobrevida. No entanto, os pacientes correm o risco de disfunção renal de longo prazo como resultado do procedimento, com o risco relatado excedendo 30%;
Nefrectomia parcial: Pacientes com tumores ≤7 cm e aqueles em risco de perda significativa da função renal devem ser tratados com uma nefrectomia parcial se for tecnicamente viável. Essa intervenção resulta em resultados oncológicos semelhantes em comparação com a nefrectomia radical. Além disso, está associado a um risco significativamente menor de disfunção renal crônica.
Vantagens da cirurgia robótica
Com o uso da plataforma robótica, obtemos maior precisão dos movimentos e menor visualização. Isso permite menores riscos de sangramento, menor taxa de tansfusão, recuperação mais rapida e retorno precoce ao trabalho.
Desvantagem do método
A principal desvantagem associada à cirurgia renal com assistência robótica está centrada no custo da tecnologia. Muitos centros não conseguem baratear a tecnologia, um fato que tem impedido a adoção generalizada, senão universal, desta plataforma.