Cirurgia para Peyronie afeta a ereção? Dr. Tiago Mierzwa, Urologista referência no procedimento explica
A pergunta “cirurgia para Peyronie afeta a ereção?” costuma surgir quando a curvatura dificulta a penetração, provoca dor ou, ainda, quando a correção passa a ser considerada na fase crônica. Nesse contexto, entender como a cirurgia de Peyronie impacta a função erétil ajuda a alinhar expectativas e a definir uma estratégia segura e realista.
Cirurgia de Peyronie e função erétil: os 3 motivos mais comuns
Esse questionamento aparece por três motivos principais. Primeiro, porque a curvatura, o afinamento ou o encurtamento passam a atrapalhar o ato sexual. Segundo, porque a cessou a dor e está estavel. Por fim, porque o quadro fica com a deformidade estável por meses, caracterizando a fase crônica; nessa fase, a avaliação para operar ganha relevância. Assim, a decisão deixa de ser apenas estética e passa a priorizar funcionalidade e bem-estar.
Dr. Tiago
Mierzwa


– Mestre em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná
– Coordenador dos Serviços de Andrologia do Hospital Nossa Senhora das Graças e Hospital Universitário Cajuru
– Membro Professor do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia
– Membro da Sociedade Brasileira de Urologia/ American Urological Association/ International Society for Sexual Medicine/ Sociedade LatinoAmericana de Medicina Sexual
– ABEMSS/ Confederación Americana de Urologia/ Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida
Cirurgia para Peyronie afeta a ereção? Veja o que precisa ser avaliado antes
Antes de qualquer intervenção, alguns critérios orientam o planejamento. Em primeiro lugar, confirma-se a estabilidade da deformidade (fase crônica). Além disso, mensuram-se curvatura, afinamento e eventual encurtamento. Também se analisa a qualidade da rigidez de base e a presença de dor. Desse modo, busca-se equilíbrio entre correção do desvio e preservação da função sexual; consequentemente, o tratamento torna-se mais previsível e objetivo.
Cirurgia para Peyronie: como cada técnica pode afetar sua ereção
As técnicas com respaldo na prática clínica — plicatura, incisão com enxerto e prótese peniana — têm perfis distintos. Portanto, a seleção deve ser individualizada e guiada por metas funcionais, considerando riscos e benefícios de cada abordagem.
Plicatura peniana: impacto na função erétil
A plicatura endireita o eixo com pontos no lado oposto ao desvio. Assim, melhora o alinhamento e facilita o encaixe durante a penetração. Contudo, pode ocorrer encurtamento discreto, sobretudo em curvaturas maiores. Por isso, a indicação favorece deformidades menores e rigidez prévia satisfatória. Embora não trate uma disfunção erétil já instalada, costuma tornar as relações mais confortáveis.
Incisão com enxerto: alongamento e atenção à rigidez
Nesta abordagem, a placa é aberta e recebe um enxerto para recuperar parte do comprimento e do calibre. Portanto, a técnica beneficia casos com curvaturas acentuadas ou deformidades complexas, como afinamento marcado. Entretanto, a manipulação tecidual pode aumentar o risco de piora da rigidez no pós-operatório; por esse motivo, exige ereção de base adequada e alinhamento claro de expectativas.
Prótese peniana: reabilitação quando a ereção falha
Quando a rigidez natural não sustenta a penetração ou quando a deformidade é severa, a prótese peniana restabelece a firmeza necessária. Além disso, possibilita retificar a curvatura no mesmo ato cirúrgico. O objetivo é reabilitação funcional, com previsibilidade e conforto. Não se trata de procedimento estético; trata-se de recuperar a capacidade de ter relação sexual de forma segura e estável.
Recuperação após cirurgia da Peyronie e ereção
No pós-operatório imediato, é comum ocorrer inchaço, dor leve a moderada e equimoses. Além disso, recomenda-se cuidado com o curativo e observação de sinais locais. Em geral, atividades leves retornam em 5 a 7 dias; exercícios com carga, em 3 a 4 semanas; e relações com penetração, entre 4 e 6 semanas, conforme a técnica e a tolerância individual. Ademais, a segurança começa no preparo: controle de comorbidades, higiene rigorosa e adesão às orientações reduzem complicações. No cenário da prótese, a prevenção de infecção recebe atenção especial do início ao fim.
Perguntas frequentes
A cirurgia pode reduzir a qualidade da ereção?
Pode, sobretudo nas técnicas com incisão e enxerto, devido à manipulação da placa. Por outro lado, a prótese peniana devolve a rigidez quando a ereção natural não sustenta a relação.
A plicatura encurta o pênis?
Há chance de encurtamento discreto. Em compensação, o alinhamento melhora e a penetração se torna mais viável.
A prótese altera prazer, ejaculação ou micção?
A prótese é implantada nos corpos cavernosos, sem comunicação com a uretra; portanto, não interfere na micção. Em geral, prazer e ejaculação permanecem semelhantes, salvo condições associadas.
Conheça o dr. Tiago Mierzwa: urologista e andrologista referência em Curitiba/PR
Quando se trata da Doença de Peyronie, não existe solução padrão. Cada caso exige uma avaliação criteriosa para definir se a cirurgia é indicada — e, principalmente, como realizá-la sem comprometer a função erétil. Por isso, é fundamental contar com um especialista reconhecido em curvatura peniana e reabilitação sexual. Com técnica precisa, metas bem definidas e foco total na qualidade de vida, o Dr. Tiago Mierzwa conduz o tratamento com segurança e excelência funcional, sempre considerando o que faz sentido para o paciente, e não apenas para o protocolo.