O que causa a doença de Peyronie?

Peyronie

A doença de Peyronie é uma condição caracterizada por uma curvatura visível na estrutura do pênis. Geralmente, as causas dessa deformação variam entre traumas e microtraumas recorrentes durante as relações sexuais. Em casos mais extremos, o pênis pode adotar a forma de L, impossibilitando a penetração em uma relação sexual.

A doença de Peyronie costuma se desenvolver após os 50 anos. Além da deformação, se caracteriza pelo desenvolvimento de uma placa fibrótica ou de um nódulo que se instalam na túnica albugínea — estrutura que envolve os corpos cavernosos – e comprometem sua elasticidade, impedindo que eles se expandam normalmente. Isso é o que vai dificultar a ereção, pois esses distúrbios provocam distorções na forma e inclinação do pênis.

Quando esse problema não é tratado, a deformidade do pênis tende a piorar com o passar do tempo e conforme os atos sexuais acontecem. Por isso é importante adotar precauções para que a condição não se agrave.

Os principais sintomas da doença de Peyronie são:

• Entortamento gradual do pênis, que costumava ser reto;

• Surgimento de nódulos ou caroços na genitália;

• Dor no pênis durante a ereção;

• Disfunção erétil;

• Afinamento ou diminuição do pênis.

Porém, a doença de Peyronie não é a única condição responsável pela deformação peniana. E por isso é fundamental também consultar um urologista para realizar o diagnóstico preciso.

Fases da doença

Assim que detectar o problema, o urologista recomendará o tratamento ideal para o paciente.

A doença de Peyronie possui dois estágios:

Fase aguda ou inflamatória: é caracterizada pelo progresso gradual da curvatura peniana e está relacionada à dor no decorrer da ereção ou da relação sexual. Além do aparecimento de nódulos, que podem ser perceptíveis ou não. Essa é uma fase em que a doença não está avançada e pode ser tratada clinicamente através de anti-inflamatórios e analgésicos.

Quando a curvatura para de mudar, é sinal de que o estágio da patologia avançou. Dependendo do grau de deformação do pênis, o médico vai definir se a condição é aceitável ou se será necessário um procedimento cirúrgico para correção.

Fase de fibrose ou crônica: nessa fase, a curvatura peniana já está estabilizada, portanto, o tratamento clínico com uso de remédios não terá resultados eficientes. O médico recomenda o procedimento cirúrgico nos casos em que o grau de curvatura do membro atrapalha ou impede a relação sexual. Assim, é feita uma reconstrução do corpo peniano.

Como funciona o tratamento?

Antes de se recomendar a cirurgia, o médico encaminha o paciente para realizar o ultrassom com doppler para avaliar a funcionalidade do pênis através de uma ereção induzida. Esse exame também permite ao médico verificar as condições das fibroses, grau de curvatura do pênis e a circulação de sangue. A partir dos dados obtidos, o médico vai analisar e recomendar o tratamento ideal.

Se a doença de Peyronie estiver associada a um quadro de disfunção erétil e se o uso de medicações que estimulam a ereção não apresentar bons resultados, a melhor solução pode ser o implante peniano e procedimento cirúrgico de correção.

Além disso, o paciente deve fazer o exame de sangue, urina e a avaliação cardiológica antes da cirurgia. O controle dos níveis de glicose também é essencial para garantir uma boa cicatrização e evitar possíveis infecções.

A cirurgia para correção da doença de Peyronie depende do grau da deformidade e condições do paciente, que pode ser desde plicaturas mais simples até reconstruções complexas com o objetivo de recuperar o tamanho e calibre do membro, até o limite máximo da uretra. O procedimento dura em torno de 1 a 3 horas e é feito com anestesia raquidiana/sedação.

Pós-operatório

O pós-operatório tende a ocorrer tranquilamente desde que se faça o acompanhamento médico correto e regular. A partir dele, o urologista vai avaliar o resultado da operação e passar orientações para que ocorra uma boa cicatrização.

Se o trabalho do paciente não exigir muito esforço físico, ele pode retornar às suas atividades habituais depois de 5 a 7 dias; dentro de um mês, ele pode voltar a praticar atividades físicas; depois de 30 a 45dias, após avaliação médica, as atividades sexuais poderão ser retomadas.

No entanto, para obter uma cirurgia e uma recuperação tranquila, é preciso realizar esse procedimento com um bom profissional e seguir a todas as orientações que forem fornecidas. Assim, é possível promover a qualidade de vida sexual e reconquistar a autoconfiança.

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